O Convento de Cristo é considerado um complexo monumental porquanto a sua génese dá-se com a fundação, pela Ordem do Templo, do Castelo de Tomar, com uma vila intramuros. Após a extinção desta ordem, nos inícios do séc. XIV, sob os auspícios do rei D. Diniz, ali virá a ser instituído um convento e sede da Ordem de Cristo, sucessora portuguesa da Ordem do Templo. Assim, o paradigma da fortaleza Templária é, com o fim das atividades bélicas e a consolidação do território português, sucedido pelo de Casa Mestral e Convento de uma ordem religiosa estreitamente ligada à Coroa Portuguesa…
Este Convento da Ordem de Cristo irá, ao longo dos séculos, ser objeto de profundas alterações com vista a responder aos desígnios e políticas régias que tutelarão…
(…) Os espaços vivenciais e de função foram, até ao século XX, ampliados, alterados e reconvertidos. São precisamente estas mudanças, e a estética que lhes presidiu, que tornam o Convento de Cristo num autêntico compêndio da arte e arquitetura portuguesas.
A nave Manuelina e a Charola Templária, que formam um conjunto sui generis da arquitetura europeia, a par do Claustro Principal, pela sua expressão artística e singularidade, substanciaram o corpo resolutivo da inscrição do Convento de Cristo na Lista do Património Mundial, em 1983…